Fotoproteção

Historicamente, o uso de protetor solar remete aos antigos egípcios, com o uso de azeite de oliva sobre a pele, em busca de proteção contra queimaduras solares. Mas, apenas no final da década de 70 o conceito de fator de proteção solar (FPS) foi introduzido, baseado na avaliação da vermelhidão da pele após o sol (eritema solar) causado pela ultravioleta B (UVB). Vinte anos depois, se observou que a proteção ao ultravioleta A (UVA) também era importante para impedir imunossupressão e carcinogênese. O marcador clínico do UVA é a pigmentação persistente (bronzeado) que também surge logo após a exposição solar e a sua avaliação baseia-se no “Persistent Pigment Darkening”(PPD) .

Não apenas com UVA e UVB devemos nos preocupar, mas também com a luz infravermelha e a luz visível. Até o presente momento, não há um consenso sobre a metodologia capaz de medir a proteção contra a radiação na faixa visível (espectro de luz que tem um comprimento de onda maior que o ultravioleta e que atinge a pele mais profundo). Parece que os protetores solares opacos ou pigmentados conseguem proporcionar uma proteção efetiva. Estes protetores contêm substâncias como o dióxido e titânio e o óxido de zinco.

A luz infravermelha representa cerca de 50% da radiação total que recebemos do sol (a radiação ultravioleta representa 10% apenas). Como a sua ação aumenta a expressão de metaloproteinases-1 (MMP-1) na derme,que é a enzima responsável pela degradação do colágeno, este espectro de luz é o que mais causa fotoenvelhecimento.

O uso regular do protetor solar já está bem estabelecido na literatura na prevenção do câncer de pele e no fotoenvelhecimento. Entretanto, a qualidade do protetor solar que estamos utilizando é que devemos nos preocupar atualmente.

Como escolher o protetor ideal para o seu tipo de pele?

1) Sabemos que o Fator de Proteção Solar (FPS) deve ser maior que 30 e o “Persistent Pigment Darkening” (PPD) deve ter uma proteção superior a 1/3 do FPS, ou seja, maior que 10. Como muitos filtros ainda conceituam o PPD através de cruzes (+), um bom filtro solar deve ter mais de 3 cruzes (+++).

2) Opte pelos filtros mais opacos ou com pigmentos (filtros com cor) porque garantem proteção física além da proteção química presente na maioria dos filtros. A proteção física protege contra a luz visível e amplia a proteção contra UVA e UVB.

3) Acredita-se que filtros que contenham antioxidantes possam proteger contra o infravermelho já que impedem as ações prejudiciais do sol sobre o DNA celular.

4) Atualmente, temos no mercado um grande números de filtros com textura fina e com controle de oleosidade indicados para peles oleosas. Portanto, é importante procurar uma dermatologista para saber qual o filtro que se adapta ao seu tipo de pele.

5) Lembre-se: o melhor filtro solar é aquele que você usa. Não adianta ter um filtro de excelente qualidade guardado no armário. Procure um que você se sinta bem para criar o hábito do uso diário.

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