Preenchimentos devem ser feitos por médicos

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Sempre falamos sobre a importância de procurar um especialista antes de fazer qualquer procedimento médico e nas últimas semanas, com a divulgação do caso da modelo Andressa Urach, que teve complicações após usar hidrogel, ficou claro o quanto é imprescindível conhecer o médico e também as substâncias usadas.

O hidrogel é um preenchedor feito de soro fisiológico e poliamida de grande elasticidade e viscosidade – duas propriedades que garantem o maior efeito de sustentação do produto. No caso da modelo, acredita-se que, além do hidrogel, tenha sido aplicado polimetilmetacrilato, uma substância que era inicialmente usada para enxertos ósseos e depois, passou a também ser utilizada para preenchimento de tecidos moles, como bochechas, região glútea e coxas.

O problema com ambos é que são definitivos e uma vez injetados, não são eliminados pelo organismo, podendo produzir reações inflamatórias. Nesses casos, o paciente pode notar nódulos no local da aplicação, dor, calor e vermelhidão. Porém o maior problema não é tratar as reações que estes produtos podem causar e sim, retirar estas substâncias do organismo, pois elas formam cápsulas de fibrose ao seu redor, aderindo a vasos e tecidos e não sendo mais possível a sua remoção.

No caso de Andressa, pelo que foi noticiado, há ainda o agravante de ela ter usado quantidades muito grandes e em áreas mais contamináveis, como as pernas. Para evitar reações inflamatórias, como no caso dessa paciente, recomenda-se que procedimentos estéticos sejam feitos a partir de produtos temporários, que possam ser absorvidos pelo organismo num período de até dois anos e sempre com profissionais credenciados pela Sociedade Brasileira de Dermatologia ou de Cirurgia Plástica.

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