Suplementação oral de colágeno: entenda como funciona
O suplemento oral de colágeno é um tema de grande conflito na medicina. Registros datados do ano 1175 por St Hildengard já indicavam o uso da gelatina para alívio das dores articulares, mas apenas a partir da década de 80 é que se começou a falar sobre o colágeno como fonte de suplementação para flacidez da pele.
Cada fibra de colágeno presente no nosso organismo é composta por 3 aminoácidos: glicina, prolina e hidroxiprolina. Para a construção desta fibra, necessitamos de oxigênio e vitamina C. A lisina, outro aminoácido também muito falado, funciona como um “crosslinking”, ou seja, um ligante entre as moléculas de colágeno e que permite suportar maior tensão. Enquanto na derme ele é responsável pela sustentação, encontramos esta molécula em outras partes do organismo, como tendões e cartilagens, córnea, vasos sanguíneos, intestinos e discos vertebrais.
Sabemos que nos primeiros 4 anos após a menopausa, a mulher sofre uma perda de 30% do seu colágeno na pele. Isto está associado a menor produção desta substância na pele e um aumento na degradação, que costuma acontecer após os 30 anos de idade.
O colágeno que consumimos é extraído da pele do boi ou do peixe e será submetido a hidrólise para que ocorra a quebra em seus peptídeos. Por isso, os envelopes têm o nome de colágeno hidrolisado. Normalmente, um pacote de colágeno a ser diluído na água para nossa ingestão contem 10 g de colágeno hidrolisado e neste pacotinho teremos diferentes formas dipeptídeos e tripeptídeos para serem absorvidos no nosso suco gástrico. Os de melhor absorção são os de hidroxiprolina.
Algumas pesquisas comprovaram a existência dele na pele e no osso 1 hora após o nosso consumo e permanecem lá por até 1 semana. O interessante deste fato é que podemos consumir e ter os benefícios por um período que ultrapassa o nosso consumo imediato, sendo observados resultados a longo prazo.