PELE E CIGARRO
Estamos na semana de combate ao fumo, então, resolvi pesquisar sobre os efeitos do cigarro eletrônico na pele. Embora proibido no Brasil desde 2009, o cigarro eletrônico tem se tornado cada vez mais popular, especialmente entre jovens e pessoas interessadas em parar de fumar o cigarro tradicional. O tema gera muitas controvérsias entre os especialistas a respeito dos danos nocivos deste consumo.
Mas, um estudo publicado no Jornal da Academia Americana de Dermatologia concluiu que os cigarros eletrônicos podem causar manifestações dermatológicas prejudiciais, incluindo estomatite, queimaduras, coceira e vermelhidão nos lábios e mãos. Após avaliação dos dados obtidos, os pesquisadores concluíram que dermatite de contato, queimaduras térmicas e lesões da mucosa oral, como estomatite, são condições constantemente associadas ao uso dos cigarros eletrônicos.
No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) publicou em 2016 uma cartilha com informações sobre o cigarro eletrônico. Ao contrário do que se pensa, esse aparelho não ajuda na diminuição da dependência do cigarro tradicional, já que também contém nicotina.
A nicotina é a verdadeira vilã de ambos os cigarros (eletrônico e tradicional), porque bloqueia as ligações cruzadas da elastina (proteína fibrosa e elástica presente na pele), reduz a lubrificação cutânea e os níveis de vitamina A (antioxidante que combate os radicais livres) e, o que é pior, diminui o calibre dos vasos sanguíneos que irrigam o tecido cutâneo, prejudicando a oxigenação das células. Sem falar do envelhecimento da pele e na predisposição das consequências como má cicatrização de feridas, acne, psoríase, desidratação (ressecamento) e queda de cabelo.
Não existe fórmula mágica para parar de fumar. Procure ajuda e apague essa ideia.