Imagine famosos como George Clooney ou Angelina Jolie com calvície? Agora, pense no príncipe William com uma vasta cabeleira de fazer gosto? Viu só como o cabelo interfere na nossa imagem? Não à toa uma das razões que mais levam pacientes desesperados aos consultórios dermatológicos é a alopecia, doença que provoca acentuada perda dos cabelos e/ ou dos pelos de outras regiões do corpo. Embora existam variantes da patologia, vamos falar sobre um tipo relativamente novo: a alopecia fibrosante frontal.
“Descrita há poucos anos na dermatologia, ela se caracteriza pela perda de fios na linha da implantação do couro cabeludo e está relacionada a uma causa inflamatória ainda pouco conhecida”, afirma a Dra. Gabriella Albuquerque, médica credenciada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Segundo um artigo de 2019 do Journal of the American Academy of Dermatology, entre 50% e 83% dos pacientes acometidos pela alopecia fibrosante frontal sofrem com a perda das sobrancelhas e essa patologia é muito mais comum nas mulheres. Principalmente, depois da menopausa. No entanto, a doença pode levar à queda dos pelos da barba e do bigode, nos homens.
A boa notícia é que dá para evitar o aumento da área da calvície e a perda permanente dos fios. “Apesar de ainda não ter cura, a alopecia fibrosante frontal pode ter sua progressão controlada, se tratada no início. Portanto, é essencial procurar um dermatologista, assim que perceber o rareamento dos cabelos e pelos”, adverte a Dra. Gabriella. Só um profissional poderá indicar o tratamento correto e até mesmo identificar o tipo de alopecia em questão, que pode ter diversas causas, como a genética e a emocional. O diagnóstico é clínico, feito a partir de um exame detalhado do couro cabeludo.