SUOR EXCESSIVO TEM TRATAMENTO
COMUM NA MENOPAUSA, HIPERIDROSE PODE SER SOLUCIONADA COM MEDICAMENTOS, OU TERAPIA TRADICIONAL
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, 3% da população mundial é afetada pela hiperidrose. Ou seja, pela sudorese excessiva e incontrolável, que acomete, principalmente, a testa, mãos, pés e axilas. A hiperidrose primária pode ser hereditária e associada, comumente, à hiperatividade do sistema nervoso autônomo simpático e à hipertrofia das glândulas sudoríparas. Já a secundária costuma ser consequência de infecções, febre, do uso de alguns medicamentos, como a fluoxetina, e de outras condições. Entre elas a obesidade, o diabetes e a menopausa, tema bastante pesquisado pela dermatologista Gabriella Albuquerque, no segmento de medicina regenerativa.
Independentemente do tipo, a hiperidrose causa muito desconforto. Nem todos os desodorantes antitranspirantes, como os à base de cloridrato de alumínio, resolvem o problema, por exemplo. Entretanto, em 2018, o FDA (Federal Drug Administration), órgão federal americano, equivalente à ANVISA, no Brasil, aprovou o uso tópico do Glicopirrolato, conhecido pelo nome comercial Qbrexza.
“Aplicado diretamente na pele, este medicamento inibe a ativação das glândulas sudoríparas, mas ainda não pode ser comercializado por aqui. Porém, ele é contraindicado para quem sofre de glaucoma ou de Síndrome de Sjogren”, alerta a médica, credenciada pela SBD.
De acordo com ela, a medicação oral Oxibutinina, originalmente indicada para disfunções do trato urinário, é eficaz para a hiperidrose e está disponível no Brasil. O problema é que nem todos os pacientes de sentem bem com este medicamento. A boa notícia, no entanto, segundo a Dra. Gabriella, é que existe um tratamento ótimo, tradicional e praticamente isento de complicação: a conhecida toxina botulínica.
“A substância bloqueia a ação do neurotransmissor acetilcolina nas glândulas sudoríparas, responsáveis pela liberação do suor. Leva apenas 15 minutos para ser injetada, age em 48 horas e seu efeito no combate à sudorese dura de quatro a 13 meses”, acrescenta a dermatologista. Mas ela alerta que todo e qualquer tratamento para hiperidrose deve ser feito sob a orientação de um médico.